Tudo sobre ar condicionado
Antes de comprar um aparelho ou sistema de ar-condicionado, conheça os novos modelos
com tecnologias avançadas e descubra os cuidados que deve tomar desde a instalação até a
manutenção
O verão promete altas temperaturas em todo o país, segundo previsão dos meteorologistas.
Quem pensa em combater o excesso de calor dentro de casa com ar-condicionado não pode
simplesmente comprá-lo em uma loja como se fosse uma geladeira. Há particularidades nesse
equipamento que precisam ser consideradas antes de adquiri-lo, por isso a instalação de um
sistema de climatização exige a contratação de um engenheiro mecânico. Só um especialista
sabe indicar o modelo mais adequado e dimensionar sua capacidade de acordo com o
tamanho de cada ambiente e a quantidade de insolação que incide na casa ou no
apartamento.
Há um cálculo oferecido pelos sites dos fabricantes para a compra de ar-condicionado por
conta própria. “A taxa básica é de um equipamento de 12 mil BTU/hora para climatizar um
ambiente de 20 m², mas, para chegar a um resultado de conforto térmico real, deve-se
considerar o número de moradores, outros aparelhos eletrônicos e fontes de calor que
existem no local”, afirma o engenheiro mecânico Robson Santini, da RMS Consultoria. A
escolha errada pode acarretar o consumo desnecessário de energia elétrica. Além disso, antes
da compra, é preciso investigar as instalações elétricas da casa para avaliar se comportam a
carga do novo equipamento. Outra questão no caso do modelo split é a necessidade de
verificar se existe espaço suficiente para a colocação da unidade condensadora, que fica do
lado externo.
A ajuda também é bem-vinda para entender as novas tecnologias que tornam o ar-
condicionado mais eficiente, econômico e até saudável. A sensação do momento é o
compressor Inverter, que dispensa o acionamento “liga e desliga” para manter a temperatura
desejada. Existem novos dispositivos para melhorar a filtragem do ar com design mais
avançado que conferem maior conforto térmico, além de boa estética. “Independentemente
da escolha, todos os aparelhos precisam de instalação feita por um profissional, cujo custo fica
em torno de 20% dos preços dos equipamentos”, diz Adelson Coelho, da Samsung Brasil.
Modelos e características
O modelo split ganhou força no mercado por conta da estética, desbancando o tradicional de
janela, que é compacto, mas barulhento, além de precisar de uma grande abertura na parede
para instalá-lo. As unidades internas dos modelos split, como os tipos hi wall, piso teto ou
cassete (acoplada ou embutida no teto), não agridem visualmente o ambiente. A questão é:
onde colocar a unidade externa em apartamentos? “Podem ser usadas mãos-francesas nas
fachadas, se a convenção do condomínio permitir. Nos prédios mais modernos, a sacada e a
varanda são a solução. Mas, geralmente, só há espaço para uma unidade externa”, diz Robson.
Atualmente, os aparelhos mais utilizados são os split Inverter, que têm uma unidade interna
(evaporadora) e outra externa (condensadora), que esquenta ou esfria o ar, dependendo do
clima de fora e da temperatura desejada dentro. “Os aparelhos convencionais, que ligam e
desligam o termostato para manter a temperatura igual, têm picos de consumo. Os Inverter
aumentam e diminuem discretamente a velocidade do compressor, gastando 60% menos
energia elétrica e provocando menor ruído”, diz Adelson.
Em apartamento ou casa com mais de 300m², uma solução é instalar um modelo multi split,
que funciona com uma unidade externa e várias internas, uma em cada ambiente, a maioria
das vezes. “Existe o sistema VRF, que, embora seja mais caro do que o split, permite pendurar
mais unidades internas, ser programado no smartphone e ter ganho de eficiência maior”,
explica Robson. Por fim,os equipamentos de ar-condicionado estão mais saudáveis.Os novos
superfiltros são capazes de reduzir a presença de bactérias e fungos nocivos no ar, além de
eliminar ácaros. Há modelos que acabam, inclusive, com os terríveis vírus das gripes mais
perigosas.